terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Essência

A real beleza só há de ser simples em sua unidade.
Perfeita em seu luxo e sabor.
Que há de queimar o coração de seu admirador.
E os olhos, se suportarem ver, lacrimejarão.
Para acalmar o fogo que lhe invade.
A chama do verdadeiro amor.
Seja-lhe na mais breve chuva ou flor.
A percepção para tal real maravilha, somente à um artista pertencerá.
Nada que se crie.
Nada que se ensine.
Apenas o observar e compreender.
O quão fantástica são as mudanças ocultas que se fazem.
O sonho da donzela à fotossintese.
Embora as consequências futuras possa-lhe ser vista.
Cabe ao artista desbravá-las desde o momento que se origina.
No íntimo de todo ser.
Eis a maior benção e maldição dos homens.
Sentir.
Perceber as reais maravilhas de cada ato ou pessoa.
Em particular dirijo às mulheres.
Que como as flores acreditam nas pétalas.
Enquanto um admirador verdadeiro, as despe com o olhar.
E diz-lhe o quão agraciado há de ser com a visão do seu eu.
Fabricam-se pétalas e esperam tornar-se heterótrofas.
A maior de todas as belezas reside no rosto limpo e nos olhos puros.
No olhar que reflete o universo sem faltar um A.
Como vivo a chorar à esses olhos.
No mais puro agradecimento de poder ver,
As maravilhas que tão artistas tentaram transcrever.

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