quinta-feira, 12 de julho de 2012

Lamentações de uma caneta e uma dança perdida.

O que diferencia o artista do vagabundo.
Interrogação.
O ideário pós-feudal está encrustado nas veias dos homens.
Assim como as veias mercantilistas encrusta o ideário pós-moderno.
Industrialismo.
Metalismo.
Mecenas?
Exarcebados nobres que buscam status.

Braços antigos.
Olhos românticos atrás de velhas armações observam a criação.
Silêncio.
Umidecem-se.
Sorrisos resultam em suas faces.
Aclamações escapam pela boca felicitada,
No mais puro recatamento.
E mais destes aparecem.
Calam sorridentes.
O destinatário desvaneia esquecido.
O paraíso de minhas palavras-vivas distrai-se.
A lembrança de sua reação é esquecida em minha memoria.
Sorrisos imaturamente forçados.
Acostumado à elogios umidecem-se por conveniência.
Há brilho, porém se dissipa ao ser usado.
A vida volta ao normal.
Sem luz, sem graça.
Porém as palavras não param..
Percorrem outros braços e vistas.
Estes sorrisos sonhadores de outras épocas agraciam-se.
Mesmo silenciosos.
Inflo-me.
Vejo que prefiro fazer por estes.
Aqueles olhos que tratam-me como Homem.
Diferente.
Importante.
O sentir-se especial pelo de fora, quando o interno quer acreditar, é sublime.
Em fluxos lembro-me do destinário.
Intristece-me.
Rostos antigos.
Alegram-me.
O objetivatário acredita realmente ser meu mecenas.
Ser ele as palavras.
Sem o que o escritor possua signifcância.
Escrever é o dom do alfabetizado.
Inspirar há de vir de poucas musas.
Hiperbolizo para extinguir a mágoa geral que me consome.


Pseudo-Humildade que acaricia a pele com o estribo.
O que há de ser um artista senão um vagabundo.
Afirmação.
O ócio é um luxo que nem os ricos hão de ter.
Porém o criar exiger o saber.
Os que sabem, acreditam que isto só sirva para se obedecer.
Receber.
O criar por si próprio é apedrejado pela mão que tenta comprá-lo.
Ponto Final.

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