quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Indissociável

Se não fosse a consciência de ti
poderia dizer que não é.
Nenhuma é.
Depois que se deita com uma,
as outras são meras releituras.
É claro, não ignoro as diferenças,
mas também não faço com o que assim não é.
Seu jeito de deitar-se sobre mim
de acarinhar-me a face,
apertar-me as costas.
Até a paixão em olhos não surpreende.
É mera paixão.
Passione.
Passiva.
Encantada e dominada.
Conquistada.
Os nomes indiferem.
Se diferem, insignificam.
Até os olhos.
Só o brilho importa.
Somente o suor existe.
E os braços, e abraços, e amasssos...
Ah, e as juras?
São sempre as juras que nos cobram
Mas foram, embora não o sejam mais, verdadeiras.
As palavras são apenas uma forma.
Assim como todos aqueles nomes, rostos, histórias.
As horas que se perderam em minutos,
Como as pernas entre os corpos e os lençóis e roupas no chão.
Se perdem,
Se misturam,
Se espalham.
Talvez, não para serem revividos,
mas para serem encontrados, separados e juntos pela mente que lembra.
Que apenas lembra.

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