quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Segundo Lamento

Quero amar.
Amar no sentido que quiser entender.
Sentir por aqueles olhos que és único.
Que toda sua existência pode ser saboreada neles
e todas as convenções não existam mais.
Não em um individualismo,
menos então de forma pública,
no sentido puro dessa esfera,
mas amar de forma ocasional,
Imprecisa.
Incerta.
Irracional.
Cabe-me apenas desejar,
por mais articuladores que possamos ser,
não seria dessa forma o meu querer.
Poético demais para o amor?
Para o desejar?
Para o formato contemporâneo da sociedade, alguns diriam,
poderia enumera-los,
mas não conheço-a em sua totalidade
e descreio que alguém assim o seja.
Sinto que o amor tornou-se amour,
com toda sua sonoridade e sabor.
A comparação só existe na esfera da diversidade.
E o poeta o que é senão um antropólogo d'alma
ou do irracional que há no mais particular e coletivo sentir.
No ser.
Do ser.

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