quinta-feira, 12 de julho de 2012

The Perfect Weather. The Time of two of us.


Num friozinho e chuva como esta,
Queria eu, humildemente estar,
Em nenhum outro lugar,
Com nenhum outro alguém,
Senão deitadinho, abraçado contigo.
Te ouvindo dizer.
Te sentindo em mim.
Te queirando tocar para o mundo nunca mais existir,
E só restarmos eu e ti,
Deitados ali,
Com carinhos ao ar.
E o silêncio que pousasse,
Trazia consigo a paz de tua ternura,
Como o vento traz a chuva,
Que repousa em ruídos.
Desses tão quietos,
tão sentidos.
Como o vazio que pode brotar por entre as vozes,
e nem assim lhe impede o ouvido,
de perceber todo o encanto de um momento a dois.
E o olhares que se tocassem,
teriam todo aroma que a brisa traz.
A umidade da vida se aquece nos teus braços,
que repousando sobre mim,
acariciam,
são acariciados.
Como o todo o jogo de membros que o corpo conduz,
debruçados sob a égide de um cobertor,
que só faz por sentir-me mais perto a ti.
Até o momento em que nada se defina,
não entenda mais onde sou e onde és,
se minha voz provoca a ausência do som
e o calar tamanha ruidosidade.
Se sou a chuva,
Se sou o vento,
Se sou o tempo lá fora ou aqui dentro.
Se tudo é real e se vai durar,
No fim, nada disso importa,
Só me atém o único anseio de,
num dia como esse,
sob uma chuva e tal vento,
queria estar consigo,
em abraços,
deitado,
te olhando.

Sendo-lhe em carícias.
Seu.
Todo seu.

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