domingo, 26 de agosto de 2012

The agony of to be on the silence

Barulho!
Eu quero muito barulho.
O silêncio atormenta.
Tortura.
Disseca em vida o que vida já foi.
Gritar!
Tenho que gritar.
Mas a voz escapa à iniciativa.
Chutar.
Quebrar.
Arremessar longe.
Só pra tirar ruídos.
Nada faz som.
Percebo que a única maneira de extraí-lo,
é se tudo isso fizer a mim mesmo.
Dissecar-me antes que o silêncio o faça.
Não dar-lhe o prazer da agonia sobre mim.
Buscar um pouco do prazer ruidoso em agonizar-me.
No ato de pisar-se,
Massacrar-lhe e retirar então o bel prazer da dor alheia.
Mesmo que seja em si.
Uma vez que nenhuma outra se ouve.
Deixar-lhe a graça de destroçar-me, oh silêncio?
Não.
Se quebrou-lhe-me as pernas para fugir,
deixou-me-lhas.
Ainda as sinto ruidar.
Ainda as sinto,
por mais insonso que me tornes.
Há de restar-me não só a desesperança dos outros,
mas a vociferância do eu.
Tomou-lhe-me a audição d'outros,
Tiro-lhe me de ti.
Do prazer de ignorar meus lamentos e amarguras.
De fazê-los inaudíveis.
Desprezáveis em suas insignificâncias que me impostes.
Mato-lhe e a mim.
Um

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