quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

...Et facta est lux!

Há um sol,
um pequeno sol.
Destes sóis que os astronomos tanto falam;
Tanto sabem.
Mas que não se pode ver.
Daqueles sóis que brilham em silêncio.
No silêncio do universo;
da própria existência;
da própria escuridão que não transcendem.
Há um sol como nenhum outro.
Pequenino por si só,
mas quem há de culpá-lo?
Todos se expandem para então,
enfim explodirem em milhões de pedacinhos.
Cada um bem menor que este solzinho.
Um sol que não precisa de luz pra brilhar.
E não, não estou falando da nota musical
que também no vazio do espaço não poderia soar.
Um sol que está láaaaa... beeeem distante.
Na distância de que olhos e lentes não chegam,
mas que a mente humana sabe onde está.
Um solzinho gracioso por si só.
Que com seus pequenos raios há de iluminar tantas cousas outras.
Tantas cousas que nem sei imaginar.
Projetar é fácil;
Calcular mais ainda.
Mas a imaginação há de voar assim...
Despretensiosa como esta linda estrelinha,
e assim quem sabe, confrontar-se com o incalculável;
Com o impensado de algum canto de outra galáxia qualquer;
De um canto que reverbere em si.
ou quem sabe lá, exista, outra forma de reverberar.
Algo entre si e...todo o resto!
Alguma forma especial,
daquelas que não podemos imaginar,
nem calcular...
nem projetar...
Talvez um verbo novo!
Isso, um verbo novo para o entorno deste solzinho.
Há como queria estar lá.
Só por estar.
Pelo exercício do ser.
Por todo verbo...sujeito, tudo!
Ai esse solzinho,
me faz tanta falta.
Como pode acontecer algo assim na vida nossa?
Pensamos em algo,
Dizemos - ou só pensamos mesmo -...e BUM!
Ele existe!
Não só existe como machuca!
Fere nossa própria existência e até subleva-a.
Sobrepõem-se a nós mesmos.
Delicioso e amargurante.
Mas é assim.
Ah, aquele solzinho.
Tão distante.
Tão oculto à olhos meus.
Mas tão vivo em meu pensar.
Tão evidente em meu ser.
Como não amá-lo?