Ah, a doçura.
Como se pode ter algo
além da doçura?
Não se pode.
Tudo que há doçura é.
Ou então a sua falta.
Como aquelas amarguras
que nos tangem.
Mas como só tangem,
tudo bem.
Ser amargo seria pior.
Deveras pior.
Imagine acordar sendo um peso fazê-lo.
E mais ainda, não
ansiar o retorno ao sono.
Mais nada.
Nada melhor se quererá,
porque a amargura não deixa saber-se.
A amargura não deixa
nada.
Nada para si.
Nada para os outros.
Ninguém.
Um absolutamente nada.
Ah, a doçura.
Como somente ao seu
toque sabe-se o valor que tem.
A doçura daqueles
olhos.
A doçura daquele
sorriso.
Acima de tudo,
a doçura da doçura.
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