quarta-feira, 4 de junho de 2014

Escritos Febris

A chuva é forte lá fora.
Não importa.
Nunca importou.
Quero saber do meu cuido.
Cade?
Onde está?
Não aquele que me vem.
Não ele.
Mas aquele que quero manifestar.
A chuva não se importa.
Nunca se importou.
Nem mesmo com a similitude daquela que brotas de mim.
Daquela que me transtorna e fere,
porém que se reprime por não ter donde cair.
Essa chuva cai em mim mas e a minha, onde cairá?
Claramente nestes escritos diria eu.
Mas da chuva posso eu me abrigar,
já escritos meus não cabem mais a mim suportar.
De infelicidades mil és de brotar,
porém se ela não voltar,
não sei o quanto há de ser até me inundar.
Voltar para a luz dos olhos meus e
nestes um sol despertar,
que para além destes céus,
para além deste mar,
só caberá, enfim,
à olhos meus,
reluzir em te amar.

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