Morenos tão perfeitos
que nem o são em si.
São castanhos, num tom
tão reluzente.
Daqueles que reluzem
todos os tons do ambiente.
Seus traço retos,
suaves,
singelos.
Delicados a sua forma.
Ríjos mas ternos.
Conformadores de uma
beleza nova.
De uma beleza sua.
Com os esvoaçantes
fios rebeldes.
Há rebeldia,
massiva,
em sua forma.
Ressonante como uma
grande sinfonia,
ecoam em sua face
instrumentos mil;
notas tantas.
Tudo numa perfeita
harmonia de um encanto novo.
Um encanto belo.
Segredado a si mesmo.
A delicadeza do nariz
conduz como um fio
à jovial boca que
tanto mais segredará.
Distinta pela marca
inferior,
como demarcando o
encontro de traços seus;
os finais da lisa face
de corte fino.
A tez singularmente
feita pela pluralidade de encantos,
reluz em breves tons
amenos,
nas certezas de um
olhar que tanto tem a falar,
mas tão pouco vem me
dizer.
Um olhar de mistérios.
Dos mais profundos.
Um olhar de sonhos mil,
por mais pragmática
que seja a pupila,
a sombrancela suporta
em si,
a suavidade da
existência em seda.
Da existência sútil.
Na mente pensante,
reluzente no olhar
firmemente carinhoso,
muito há de especular,
mas não há espaço
aqui,
senão para adular;
senão pra refletir.
Sinceros aromas teus,
percorrem o ar ao seu
redor.
Amores como os teus,
não vivem em dó
menor.
Mistérios são o que
há,
sem dúvida hei de
dizer,
em seu jeito de ser;
em seu jeito de olhar.
O desejo é copiá-la;
decifrá-la;
transpassar-lhe os
mistérios vís,
e dos enigmas teus,
presentes no brilho dos
seus.
Mas imprudente,
e mais ainda,
a morte do meu,
seria se ousasse tal
compreensão dos seus.
Uma vez que encantos
assim,
servem ao artista que
vê;
Servem à dúvida que
há.
E que se instaurará a
cada novo reencontrar;
A cada novo viver.
A inquietude que tal
face dá,
serve a desassossegar;
Serve a desilenciar
um espírito mudo que
volta a cantar;
que volta a sentir o
sabor do ser.
E que acorda a pensar e
que chora ao dormir,
transtornando seu viver
com a dúvida sem fim;
O que será de mim?
O que há em ti?
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