quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Enquanto isso

Escondido como as horas
Palavras deixadas para ao acaso
Ao ódio presente no dia
Manhãs incendiosas
Tardes insurdecedoras
Dias esfumaceados em lodo urbano
Veias latejantes de egoismos e intolerâncias
Mal dizer o relógio, só apressa a angustia
O entardecer relaxa
A cor do céu reluz sobre os homens
E pensar que esqueci o que era domingo
Sentia apenas a brisa de sábado com gosto de segunda
O sono que tardia em findar-se
O ócio que amplia-se nestes minutos
A lembrança maltrata o que o coração tenta esquecer
A ausencia torna-se evidente
A solidão, aliada
O esquizofrênico é são e o sociavel lamenta
Como não lamentar
Quando a sua caneta deixa de funcionar.
Não há voz que seja escutada
O medo oculta suas laringes
A comunicação é mera memória da vida que não há
Beijos à minhas palavras
Pois o sono à de buscar-me
e hesitar seria muito desejo de inspirar-se.

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