sábado, 30 de janeiro de 2010

À Janeiros, Fevereiros, Marços...

O Tempo está.
Sorrio no pensar que ele será.
Mesmo depois de eu ter sido.
Assim como a chance disto continuar a ser lido.
Relido.
Quem sabe compreendido.
O texto.
A Obra.
Eu.
Aquele que se levante para o que foi, vê.
O como nada é para o que está por vir.
O meu tempo nada é.
O meu tempo, para mim, muito foi.
Assim como o faço hoje com os que se foram,
Aguardo que a mim façam no que há porvir.
Não serei.
Não acredito em nada.
Acredito que serei tudo.
Mas eu.
Eu.
Não serei.
Estas palavras minhas não serão.
Nem sei mais se são.
Pertencem à quem importar-se com elas.
Assim como dei minhas lágrimas ao mundo,
Dou-lhes-lhe estas grafadas.
De súbito, some de mim.
Nada mais há de restar.
Senão um ponto.
.

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